Planear ou não planear em gestão de redes sociais?
Planear a presença de uma marca nas redes sociais é tão complexo como planear as nossas vidas profissionais. Podemos passar o dia a planear as reuniões para a semana toda, adormecer a pensar que temos a semana absolutamente controlada e, na manhã do dia seguinte, acordamos com o telefone a tocar e o chefe a dar as más notícias: chegou um estudo sobre a satisfação dos nossos clientes e a direcção quer saber imediatamente o porquê de tão fracos resultados. Temos de desmarcar todas as reuniões, interpretar os resultados do estudo e preparar uma apresentação para amanhã. Não estávamos preparados para isto.
É simples estabelecer um paralelo com o mundo das redes sociais. Por muito tempo que tenhamos investido a planear as nossas campanhas, nunca seremos capazes de prever todos os potenciais cenários de interacção. Sem qualquer aviso prévio, os concorrentes inovam, as oportunidades surgem e os clientes zangam-se. É esta a natureza das redes sociais e do mundo dos negócios onde vivemos.
Dadas as circunstâncias, deveremos afinal investir esforços em planear a nossa presença nas redes sociais? A resposta é simples: sim! Mais do que nunca, devemos planear e estar vigilantes para termos flexibilidade e tempo de alterar o plano. Ficam aqui três ideias para planear nas redes sociais:
1. Ver e ouvir o que nos rodeia dentro e fora das redes sociais
Em que altura do ano estamos? O que andam as pessoas a dizer? O que andam os concorrentes a fazer? O que temos nós para dizer? Como o queremos dizer? Estas são questões que devem ser feitas antes de planear qualquer campanha.
2. Planear a campanha e medir o desempenho
Nas redes sociais há demasiadas oportunidades e distracções. Se não tivermos um plano, rapidamente acabaremos a ver as fotos do cruzeiro que a nossa tia-avó fez nos Fiordes. Um plano não é simplesmente programar os posts no Facebook, mas sim escolher uma linguagem, criar uma campanha integrada, imaginar cenários de interacção, definir métricas de avaliação e encontrar formas de flexibilizar o plano para aproveitar oportunidades (ou evitar crises). Periodicamente, temos de avaliar os resultados para, se necessário, afinar o plano.
3. Saber o que fazer quando algo inesperado
acontece
Tão importante como planear é saber o que fazer quando surgem imprevistos. Quando o inesperado acontece, temos de reagir rápida e inteligentemente. Trabalhar com uma equipa experiente com papéis e responsabilidades definidas tornará o processo mais expedito e, tendencialmente, os resultados serão bons. Algumas decisões serão inevitavelmente contraditórias, por isso, é fundamental ter o apoio de um membro da direcção.