O Facebook, as eleições norte-americanas e a Maria Leal
De tempos em tempos, surgem novos estudos, indicadores ou meras especulações que apontam as redes sociais como causadoras de todos os problemas do nosso século. Para comprovar, basta uma simples pesquisa no Google para encontrar listas e listas sobre a má influência que o Facebook tem, por exemplo, nos adolescentes.
Não quero de todo retirar credibilidade a essas listas, mas e quando acontece o contrário?
A propósito das eleições nos Estados Unidos, o Facebook colocou durante 4 dias uma nota no topo do newsfeed dos norte-americanos em idade de votar, incentivando que fizessem o registo necessário para a votação de 8 de Novembro. A nota continha ainda um botão que os levava ao site onde podem fazer o registo na hora (nos estados onde a opção está disponível).
Os resultados foram impressionantes. Segundo dados do Center for Election Innovation and Research, em 16 estados o número de registos subiu entre duas e 23 vezes. Para verem bem a diferença, no Alabama houve 896 registos na véspera da campanha começar e mais de 20 mil no dia em que arrancou.
Estes resultados não servem para provar que o Facebook é algo de intrinsecamente bom. Como quase tudo na vida, pode ser bom ou mau consoante a utilização que dele se faz. A excepção? Maria Leal.